sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

DEPOIS DE UMA NOITE INSONE



Resolveu imitar o poeta: arrumar a vida, por prateleiras na vontade e na ação e fazer as malas para o Definitivo. Enquanto da cabeça não saia o... “ai se eu te pego...”

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

POR ONDE EU ANDEI


 
Cá estou de regresso, tirando o chapéu pra os amigos que cá deixei, confessando o muito de saudade que senti.

Por onde andei o sol se fez presente todos os dias e para me sentir de bem com a vida bastou uma rede na varanda, um cachorro por perto, uma boa música, pássaros e mais pássaros cantando, lagartixas subindo nos coqueiros, sagüins tentando invadir a cozinha, noite estreladas, caminhadas solitárias junto ao mar, a leitura de um bom livro, regando a grama, ouvindo pescadores na porta chamando - dona Maria! e querendo vender o seu peixe. Vivendo esses momentos me lembrei da Martha Medeiros quando afirmou que a gente pode ser feliz por nada, sem questionamentos, sem essa de autoconhecimento, afinal, a vida não é um questionamento de Proust e você não precisa ter que responder ao mundo quais são as suas qualidades, que tipo de pessoa você é.  Da minha parte sou o que sou e não passo de um “imperfeito bem-intencionado que muda de opinião sem a menor culpa”.

O certo é que gostei desses dias vivendo nesse mundo natural sem buscar explicações para a aparente complexidade da Natureza, sem me preocupar em olhar por cima dos muros que me cercam. E se me fosse perguntando se por esses dias fiz algum progresso pessoal, responderia feito o filósofo Sêneca: “Pergunta-me qual foi meu maior progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo”.

 
Zélia Maria Freire


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